quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eixo

Que batem asas com o sopro de um vento
Que canta mudo como o som de um galo velho
Que envelhece com a hipocrisia do mundo
Que muda como as asas que nascem

Somos fruto do descompasso
Do acaso, do desvio
Do certo e do errado
Do belo e do abstrato
Daquilo que se fez poesia

Somos feitos de mentes pensantes
Confusões e alusões
[Nietzscherianas
Que vive da razão e esquece da teologia...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Se perguntarem por mim

Se alguém perguntar por mim
Diz que fui ali
Cuidar de um coração
                    [bandido
Que quase roubou a alma [imortal

Se alguém nem sequer notar
Que nem aqui passei
Não digas nada

Às vezes a falta de lembranças
Nos remete à recordação do nada
À profecia de que fogo que se perdeu
                     [em chama
Da chama se esvai...

Se alguém, ainda assim, perguntar por mim
Eu, na verdade, nem estive aqui...

Toda tristeza se esvai

Toda tristeza se esvai
O canto da moça que ilumina o dia
Toda tristeza vai
Anda sozinha perto de uma esquina [sóbria!

Nem toda tristeza é poesia
Tristeza que não tem cor, que não tem valor
Tristeza que vive obscura em seu canto
Tristeza de nada
Que de nada vale

Caminha...
E caminhando vai encontrar um tudo bem alí na frente
Não se tem mais tristeza
Canta...
E cantando segue em frente
Traçando um caminho com linhas
Mesmo que imaginárias, são tortas

Imperfeições, aprendizados...
Tudo que tinha que ser feito
Certas tristezas nos fazem amadurecer
Para olhar e encarar o inimigo
Que nem sempre é invencível
Assim, toda tristeza se esvai...

Vivo no mundo

Vivo no mundo
Morro mudo
Vida aqui fora
Morte lá dentro.

Entro não vejo
Saio sozinho
Apago [da memória
Morre em mim
Sentimento que se perde
Como o vento de um último suspiro.

Vida [morte certa!
Penso! Vivo! Existo! Sou!
Sou eu mesmo em muitas faces de mim...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O que me faz cair nos braços seus,
querer sentir teu toque,
ficar boba e ter medo de tudo isso?
Seus braços são agora minha válvula de escape, meu porto seguro...
Local onde me conforto e me sinto bem
A cada instante que tento fugir dos vastos problemas
Acabo caindo como sobre feitiço nessa arapuca que aqui estou
[ou, pelo menos, sinto estar

terça-feira, 5 de julho de 2011

Teus braços

Num brilho branco
A bruma brava brinda:
A pintura que esconde
O fascinante rosto
É a mesma que oculta verdades
[nessa tela cinza.

Acalentando o meu choro
[de ritmos diversos
Nos teus braços (não) tépidos
[eu fiquei.

Escárnio ou Arapuca
De uma alma imortal?