sábado, 29 de setembro de 2012

O som da minha alma

Hoje eu não escrevo mais sobre o sorriso cansado
Do poeta que não sabe sorrir.
Muito menos, o choro da criança
Que lhe foi tirado o doce.
Quero buscar naquilo que vivencio
O som da minha própria alma detalhada em estrofes.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Do Museu aos Aflitos

Sentada à beira da escada
Escuto, ao seu lado, o som das águas
Gosto do olhar doce e simples
Que se esconde por trás do sorriso tímido que tens

O céu vai, aos poucos, migrando da azul celeste ao cinza
(sem metáforas)
O Sol vai encostando nas águas do mar turvo e calmo
Daqui de longe posso ouvir-lo chiar
Vai se pôr e você ainda não fez o seu pedido

Um pássaro canta um som esquisito
Uma serenata que não tem sentido
Olho para o mar, para o céu escurecendo...
Sinto aquele vento frio e você me aquece

Sua boca quente encosta na minha
Sol, Céu, mar, pássaro, ar...
Nos seus lábios não vejo mais nada!
Esqueço tudo!